Superstição. Você crê?

Posted: 21.1.10 | Postado por Reinato B ! | Marcadores:

Uma das coisas mais normais na sociedade e que nos deparamos no decorrer dos dias é a superstição e os supersticiosos. É comum nós vermos pessoas passarem ao lado de uma escada aberta e não entre as pernas ou debaixo – se estiver escorada; pessoas virando o rosto e fazendo cara azeda quando um gato preto lhe cruza o caminho; guarda-chuva dentro de casa, tem que estar sempre fechado; quebrar espelho, sete anos ao lado do carcará; sandálias viradas, então, nem se fala, a mãe morre; acordar com o pé direito; orelha quente; palma da mão coçando; palma do pé; trevo de quatro folhas; bater na madeira três vezes; jogar moeda na fonte d’água etc.

Há uma infinidade de superstições e as que lembrei agora foram essas, porém há sempre um agravante por trás disso: o costume. Desde pequeno sou obrigado – antigamente era pela minha vó – a desvirar chinelos e sandálias e bater três vezes na madeira se alguém na mesa falar alguma barbaridade, hoje em dia faço isso por impulso – ou ainda por medo. Minha irmã além de bater três vezes na madeira ainda fazia uma minicruz e espantava com os cinco dedos: “Xô, sai pra lá!”.

No entanto, com o passar do tempo fui crescendo e me interando mais e mais, sempre buscando na minha cabeça a solução e o por quê de certos mitos, lendas e superstições. E quando chegava a uma conclusão era uma felicidade imensa, mais um “problema” que solucionei, entretanto ficava cabisbaixo porque era uma diversão a menos. E cada vez que descobria mais as coisas iam fazendo sentido. O interessante é que sempre há sempre um motivo social por trás de cada anedota, seja a da menina que virou pedra ou do famigerado homem do saco. E pra infelicidade (?) de vocês, caros amigos, tua vó te dizia pra desvirares a sandália por mero princípio de organização, guarda-chuva tem que estar aberto pra escorrer a água, quebrar o espelho é somente porque ele é caro e tem vezes que ele vale mais que o guarda-roupa – se for embutido.

E nessa altura do campeonato, o nosso leitor que já está perto de chegar ao fim do texto pergunta: “Sim. Foda-se! O quê que isso tem a ver com o blog?”
Eu lhe respondo com outra pergunta e vou além: “Já lestes o slogan ou subtítulo do blog?”. E agora está a questão aonde eu queria chegar: O Brinde! Sim, o brinde é um mito – um brinde à essa descoberta, Renato, tim-tim!



Brindamos muitas vezes para desejar coisas boas a alguém ou a nós mesmos. Brindávamos sem saber o porque e simplesmente pra seguir a tradição dos beberrões, mas acontece que aqui no BAR DOCE BAR suas dúvidas serão esclarecidas e agora brindaremos sabendo o porquê de estarmos brindando.

O brinde só foi popularizado a partir do século XVI e acompanhado do brinde seguem as tradições de tocar o talher na taça e chamar a atenção para si. Muito antigamente (séc. XVI), o tilintar dos copos era uma prática que servia para misturar o conteúdo da bebida antes de bebê-lo, e se algum deles estivesse com veneno, ele seria diluído entre os demais copos ao subir o líquido, e diminuir o efeito do veneno. Após a mistura é proferida a palavra clássica: Saúde. O resto vocês já sabem, bagaceira!

Portanto, se for desse jeito, eu continuarei desvirando sandálias, azedando a cara quando um gato preto cruzar minha a frente e brindando à saúde, felicidade etc. Afinal, por uma vida melhor e para sair dessa vida marromenos vale quase tudo.

Agora é com vocês. Qual foram ou são suas superstições mais comuns?

Beijos

4 comentários:

  1. Anônimo disse...
  2. Engraçado, não sei se são bem supertições, mas tenho alguns costumes que me vieram na cabeça de imediato e ambos me levaram a algo ligado a religiosidade. Como por exemplo, me benzer ao passar na frente de um igreja e estar SEMPRE com um escapulário - mesmo que dentro da bolsa. Mas supertições... não sou muito vidrada. Lembro só se alguém me atentar para aquilo, com exceção dos gatos pretos, dos quais eu não gosto mesmo, eles são assustadores.
    Tem um livro que traz algumas explicações de termos e supertições criadas ao longo da humanidade, é muito bom, chama-se "A casa da mãe Joana" (não recordo o autor :P).

    Gostei, gostei do post! :)

    Beijos, "querido amigo" Reinato B! hehe

  3. Luiz Afonso disse...
  4. Este comentário foi removido pelo autor.
  5. Amanda disse...
  6. InteereSSantissimooo!!

    Eu particularrmente sou supersticiosa. E sabe porque? Por que eu acredito que todos nós devemos fazer tudo o que nos trouxer certo "alívio", sensação de "bem-estar"..e tudo parte da crença. Eu creio, portanto, em tudo aquilo que eu pense poder me trazer certa melhoria de espirito. Essa é a verdadeira intenção por trás da superstição para mim: Satisfazer my bellieves(minhas crenças e minha consciência).

  7. Brunor da Silva disse...
  8. Engraçado, superstições são várias "coisas". Já acreditei muito em superstições. Tipo: a de passar por cima de alguém traz azar. Também não posso deixar de comentar a do espelho quebrado do nosso querido MALANDRO: NENA.
    Sobre o que a Day disse, hoje cedo tinha tentado comentar sobre isso no Bar numa conversa com o Afonso e o Renato falando sobre o Foucault que dizia sobre acreditar em crenças, superstições etc... São costumes impreguinados, que isso não significa segui-los. Sempre deixando a pessoa a ter um quê de questionamento.
    Mas a postagem foi maravilhosa com todas as lembranças de superstições, inclusive a do NENA.

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